Estamos num momento de repensar nossas prioridades, tanto no aspecto pessoal, como organizacional. Talvez, o único beneficio das crises é provocar uma reflexão sobre o cenário, nos retirando do modo automático.

 

O mercado está retraído e as possibilidades de crescimento são restritas. As oportunidades de melhoria de eficiência têm que ser identificadas, para manutenção de margens que permitam a continuidade do negócio. Neste contexto cabe atenção especial ao cardápio de custos. Existem várias formas de avaliar os custos. Provavelmente, alguns custos aparecem de forma óbvia, num primeiro momento, e com algumas decisões são cortados sem maiores discussões e impactos. Entretanto, vencida esta etapa, outras possibilidades de redução merecem análises mais profundas.

 

Michael Porter nos oferece uma base conceitual fundamentada nos condutores de custo para esta análise, considerando dez condutores que determinam o comportamento dos custos de atividades de valor, que são:

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• As possibilidades de obter ganhos por meio de economias e deseconomias de escala;

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• Os ganhos provenientes de aprendizagem que permitem melhorias significativas da eficiência;

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• Avaliação da capacidade instalada, possibilitando a redução dos custos fixos;

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• Entendimento e definição dos elos entre as atividades da cadeia de valor, canais de distribuição, fornecedores e outras partes interessadas;

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• As inter-relações entre as unidades organizacionais;

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• A integração vertical como possibilidade de redução dos custos;

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• Criar oportunidades por ação particular, obtendo vantagens pela iniciativa de ser a primeira organização a se movimentar;

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• Rever politicas arbitrárias que afetam os custos por escolha da organização;

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• A localização que pode afetar diversos custos, tais como, mão de obra, logística, impostos entre outros as serem avaliados de acordo com a situação;

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• Avaliar a possibilidade de influenciar em fatores institucionais oriundos de legalidade e regulamentação setorial.

 

Naturalmente, cabe avaliar para cada situação organizacional quais são os condutores de custo prioritários, significativos e que podem trazer maior potencial de ganhos. Entretanto, esta avalição deveria ser incorporada como instrumento de gestão empresarial, propiciando aumento da eficiência e eficácia organizacional.